Sinopse
Reece Gilmore foge de um passado traumático como única sobrevivente de um crime brutal em que viu todos os seus amigos morrer. Um dia chega a Angel's Fist, um lugar idílico rodeado por belas montanhas, e decide aceitar um emprego no restaurante local como cozinheira.
Reece cedo encanta os locais com os seus dotes de colinária. Afinal de contas, era uma famosa chefe de cozinha na Costa Leste, mas continua atormentada pelo crime de que foi vítima, e luta constantemente contra os pesadelos que a assimbram. Até que um dia é a única testemunha de um novo homícidio...
Sendo tão frágil e dada a ataques de pânico, ninguém na cidade parece acreditar em Reece a não ser Brody, um irascível e atraente escritor de policiais. E quando uma série de eventos perigosos tornam claro que alguém está a tentar enlouquecer Reece e a eliminá-la do caminho, ela terá que confiar em Brody, e em si própria, para descobrir se existe ou não um assassino em Angel's Fist.
Opinião:
Já ouvi comentários de pessoas que não gostam do livro de Nora Roberts e não compreendo na realidade, possivelmente viram o filme primeiro e depois leram o livro mas na realidade o livro é fantástico, foi um dos que mais me agarrou dela. Brody e Reece são sem dúvida um casal fenúmenal.
Citações favoritas:
"Brody: Devia ter adivinhado que era a senhora. Faz barulho suficiente para provocar uma avalanche. - Quando ela ergueu o olhar, preocupada, ele abanou a cabeça. - Talvez esteja a exagerar. De qualquer maneira, fazer barulho num trilho normalmente afugenta os predadores. Os de quatro patas pelo menos.
Se ela esquecera a possibilidade do urso - e esquecera mesmo - de certeza que esquecera a possibilidade do humano. - Narração.
Reece: O que está a fazer aqui em cima?
Brody: A meter-me na minha vida. - Ele bebeu um trago da sua garrada de água. - E a senhora? Para além de vir a cantar o «Ain't No Mountain High Enough».
Reece: Não vinha nada. - Oh por favor, não vinha.
Brody: Pronto, não vinha a cantar a música. Era mais a arfá-la.
Reece: Estou a fazer o trilho. É a minha folga.
Brody: Iupi. - Ele pegou no bloco-notas que tinha pousado no colo.
Agora que parara, precisava de um minuto para recuperar o fôlego antes de recomeçar a subida novamente. Podia cobrir o facto de que precisava de um minuto ou dois fazendo alguma conversa. - Narração.
Reece: Está a escrever? Cá em cima?
Brody: Estou a fazer pesquisa. Vou matar uma pessoa aqui, mais tarde. Ficcionalmente - acrescentou com satisfação quando a cor que o esfoço pusera no rosto dela se esvaiu. - É um bom local para isso, especialmente nesta altura do ano. Não já ninguém pelos trilhos no início da Primavera ou quase ninguém. Ele vai atraí-la cá acima e empurrá-la."
//
"Reece: Fale comigo, pode ser? Sobre outra coisa qualquer? Qualquer coisa. Sobre o seu livro.
Brody: Não. Eu não falo sobre trabalhos em mãos.
Reece: Tempretamente artístico.
Brody: Não, é aborrecido.
Reece: Eu não ficaria aborrecida.
Ele lançou-lhe um olhar. - Narração.
Brody: Aborrecido para mim.
Reece: Ah. - Ela queria palavras, dele, dela. Quaisquer palavras.
(...)
Brody: Eu dei um murro no que poderia ser chamado, numa descrição livre, um colega por roubar as minhas notas numa história, e uma vez que o editor, que por acaso é tio do idiota, aceitou a palavra dele em detrimento da minha, eu despedi-me.
Reece: Para escrever livros. É divertido?
Brody: Acho que sim.
Reece: Aposto que matou o idiota no primeiro que escreveu.
Ele olhou-a de relance novamente, e havia uma ponta de divertimento nos seus olhos. Olhos de um interessante tom de verde. - Narração.
Brody: Tem razão. Espanquei-o com uma pá até à morte. Muito satisfatório."
//
"Reece: Não. - Ela levantou-se. - Não fui eu que comecei o que aconteceu esta noite, e não o acabei. Só fui apanhada pelo meio. - Ela voltou-se para a porta.
Rick: Tem o hábito de ser apanhada no meio das coisas. E, Reece, se andar aos pulos de cada vez que vê cor-de-laranja, vamos ter um problema.
Ela não parou. Queria ir para casa, onde queria queimar a sa fúria e humilhação em privado. - Narração.
Mas primeiro, notou, teria de passar por Brody. - Narração.
Uma vez que ele estava sentado numa das cadeiras dos visitantes na sala de entrada, de pernas estendidas, olhos meio fechados, ela tentou simplesmente contorná-lo. - Narração.
Brody: Aguenta aí, Magrinha. - Ele levantou-se preguiçosamente. - Vamos lá dar uma vista de olhos a essa cara.
Reece: Não há nada para ver.
Ele chegou primeiro à porta, fechou a mão em volta da maçaneta, depois limitou-se a escostar-se contra a madeira. - Narração.
Brody: Cheiras ao chão do bar.
Reece: Passei algum tempo em cima dele,esta noite. Dás-me lincença?"
//
"Reece: Brody, desculpa, eu estava deitada. Estou com uma dor de cabeça.
Ele tentou a maçaneta, viu que estava ainda trancada. - Narração.
Brody: Abre a porta.
Reece: A sério, está a aproximar-se do território da enxaqueca. Vou só dormir para ver se desaparece. Eu telefono-te amanhã.
Ele não gostou do som daquela voz. - Narração.
Brody: Abre a porta, Reece.
Reece: Está bem, está bem. - A fechadura deu uma volta ela abriu a porta. - Tens alguma dificuldade em compreender a língua que falamos aqui? Dói-me a cabeça; não quero companhia. E não estou mesmo na disposição de te aquecer os lençóis.
Ele não se deixou afectar porque ela estava pálida como cera. - Narração.
Brody: Não és daquelas mulheres que ficam todas esquisitas por causa de um mau corte de cabelo, pois não?
Reece: Claro que sou. Mas eu tenho um bom corte de cabelo. Um espectacular corte de cabelo. Consegui-lo envolveu um dia longo e um stess considerável. Agora estou cansada e quero que te vás embora para me poder deitar.
O olhar dele desviou-se para os sacos em cima do balcão. - Narração.
Brody: Há quanto tempo chegas-te?
Reece: Não sei. Jesus. Talvez uma hora.
Dor de cabeça, o caraças. Ele já a conhecia o suficiente para ter a certeza de que ela poderia ter ficado sem um membro e mesmo assim teria arrumado as compras no minuto em que entrasse pela porta. - Narração.
Brody: O que é que te aconteceu?
Reece: Céus, importas-te de te ir embora? Fui para a cama contigo, okay, e foi óptimo. Os anjos cantaram hossanas. Vamos repetir em breve. Mas isso não significa que não tenha direito a alguma privacidade, raios.
Brody: É tudo verdade - disse ele brandamente para contrastar com os tons furiosos dela. - E eu vou dar-te toda a privacidade assim que me disseres o que raio se passa aqui. O que raio fizes-te tu às mãos?
Agarrou numa delas, aterrado por um momento pelo sangue que lhe pareceu ver nos seus dedos e palma.
Brody: Mas que raio? Isto é tinta?
Ela começou a chorar, silenciosamente. Ele nunca vira nada mais devastador do que as lágimas que simplesmente lhe desciam pelas faces enquanto ela não fazia qualquer som. - Narração.
Brody: Por amor de Deus, Reece, o que foi?
Reece: Não consigo apagar aquilo. Não consigo apagar aquilo e não me lembro de o fazer. Não me lembro e aquilo não sai.
Cobriu o rosto com as mãos manchadas. Não resistiu quando ele pegou nela ao colo e a levou para a cama para a embalar nos seus braços. - Narração."